Alerj suspende prazos do rito de processo de impeachment contra Witzel

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu suspender a contagem de prazos do processo de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC). A comissão especial encarregada de analisar o pedido de afastamento do governador decidiu aguardar o recebimento de cópias de inquéritos policiais que investigam desvios na área da saúde do Estado antes de prosseguir com o rito.

Notificado na terça-feira, 23, sobre a abertura do processo de afastamento, Witzel teria dez sessões da Alerj a contar a partir desta quarta para apresentar sua defesa, mas agora a contagem está temporariamente suspensa.

A suspensão foi decidida por unanimidade entre os deputados que participaram da sessão da comissão especial desta quarta-feira. Ela foi proposta pelo relator, Rodrigo Bacellar (Solidariedade), que atendeu a pedido da defesa Witzel.

O grupo solicitou cópias dos inquéritos ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal (PF).

A abertura do processo de impeachment de Witzel foi autorizada pela Alerj em 10 de junho, e atendeu à denúncia dos deputados Lucinha e Luiz Paulo, ambos do PSDB – havia ainda outros 13 pedidos de afastamento protocolados.

A situação do governador se complicou após a operação Placebo, da Polícia Federal, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra ele. Eleito na esteira do discurso anticorrupção, o ex-juiz é acusado de estar envolvido com o esquema de desvios na Saúde em plena pandemia, por meio de fraudes em contratos. Ele nega qualquer envolvimento.

"Fui eleito tendo como pilar o combate à corrupção e não abandonei em nenhum momento essa bandeira. E é isso que, humildemente, irei demonstrar para as senhoras deputadas e senhores deputados", disse, logo após a abertura do processo de impeachment ser autorizada.

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