Diretor de futebol do São Paulo, Raí rebateu as declarações do presidente do Goiás, Marcelo Almeida, de que o clube paulista não teria demonstrado preocupação com os casos de covid-19 do rival. As duas equipes deveriam ter entrado em campo neste domingo, em Goiânia, mas dez casos do novo coronavírus no time da casa causo o adiamento da partida.
"Óbvio que teve uma preocupação. Desde o início conversamos entre nós. Uma situação desconfortável, não sabíamos da extensão do problema. Sabíamos que teria uma contraprova, poderiam ter erros nos resultados, então eram muitas dúvidas, ninguém tinha certeza", declarou o dirigente.
Raí garantiu que manteve contato com os dirigentes do Goiás antes da hora marcada para o início da partida, agendada para o Serrinha. "Sabíamos que seriam refeitos os exames. Como foram dez casos, preocupou a todos, mas ao mesmo tempo perguntamos se existia uma confirmação ou não. Por isso mantivemos o contato com os dirigentes do Goiás o tempo todo e procuramos várias vezes a CBF, que me ligou, o responsável pelas competições, Manuel Flores, que explicou que não conseguiu retornar antes pois estava resolvendo tudo."
Mais cedo, o presidente do Goiás havia classificado a postura do São Paulo como "bastante fria". Ele alegou que teve de "correr atrás" para informar os profissionais do clube tricolor. O time paulista chegou a subir ao gramado para fazer seu aquecimento para o início do jogo, marcado para as 16 horas.
A partida foi adiada após o Goiás solicitar a suspensão ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O tribunal deferiu o pedido momentos antes da hora marcada para o início do jogo.
O clube goiano recebeu na manhã deste domingo dez resultados positivos de coronavírus entre os 23 jogadores do elenco. Após a contraprova, foram nove casos confirmados. Os resultados foram divulgados apenas neste domingo porque o elenco teve que refazer os exames na sexta-feira, após os testes feitos na quinta apresentarem falhas.