A Eletrobras registrou uma receita de R$ 5,846 bilhões com sua atividade de geração no primeiro trimestre deste ano, queda de 2% ante os R$ 5,949 bilhões anotados em igual etapa de 2020. O desempenho foi influenciado pelo recuo de 3,9% no volume de energia vendida, que somou 51,4 gigawatts-hora (GWh).
Dentre os itens que compõem a receita, a principal queda foi observada no item suprimentos, com baixa de 9%, para R$ 3,623 bilhões, em decorrência do menor volume de energia negociada no mercado livre nas controladas Eletronorte e Furnas, além da redução da receita na Eletronuclear.
Já a receita com operação e manutenção cresceu 11%, para R$ 1,03 bilhão, enquanto o item fornecimento teve receita 7% maior, de R$ 719 milhões, impulsionado por reajustes de contratos. Destaque também para as operações na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que propiciaram receita 32% maior, de R$ 465 milhões, beneficiada principalmente pelos volumes importados liquidados no mercado de curto prazo e à estratégia de sazonalização.
O segmento de transmissão, por sua vez, anotou um crescimento de 25% em sua receita, que alcançou R$ 3,8 bilhões no período, influenciada, principalmente, pelo resultado da Revisão Tarifária Periódica, com efeitos a partir de julho de 2020.
<b>Investimentos</b>
A Eletrobras investiu o total de R$ 519 milhões no primeiro de trimestre de 2021, volume 58% maior na comparação anual, sendo que para o período a previsão da estatal era investir R$ 1,2 bilhão, mas com uma queda de 60% do total previsto, em decorrência da não realização de investimentos em geração corporativa, com destaque para Angra 3, referente ao fim da Renuclear – pela falta de manutenção em Angra 1 e 2 e na termelétrica Santa Cruz.
Em geração, o total investido foi de R$ 312 milhões, sendo R$ 273 milhões referentes a empreendimento corporativos, com destaque para Angra 3 no valor de R$ 133 milhões, enquanto em Angra 1 e 2 foram investidos R$ 88 milhões.
Em transmissão, o total investido foi de R$ 142 milhões referentes a empreendimentos corporativos, com destaque para Chesf no valor de R$ 70 milhões, Furnas de R$ 30 milhões, CGT Eletrosul de R$ 22 milhões, Eletronorte de R$ 20 milhões.
No caso de Sociedades de Propósitos Específicos (SPEs), o destaque foi o investimento de R$ 21 milhões no Complexo Pindaí. Além disso, houve manutenção de geração de R$ 88 milhões na Eletronuclear e R$ 31 milhões em Furnas.