Estadão

Índice de confiança empresarial cresce em 28 de 30 setores da indústria, diz CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de maio mostra que todos os setores da indústria estão confiantes. O indicador, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgado nesta quarta-feira, subiu em 28 dos 30 setores pesquisados na comparação com abril. Os dois segmentos da indústria que estavam sem confiança no mês passado, Calçados e Produtos de Limpeza, também ultrapassaram a linha divisória dos 50 pontos. O ICEI varia de zero a 100, sendo a linha de corte de 50 pontos, que separa o cenário positivo do negativo.

O levantamento da CNI mostra que, entre maio de 2020 e maio de 2021, o crescimento da confiança é muito grande. O ICEI do setor de veículos subiu de 29,6 pontos para 60,6 pontos no período. O índice do setor de metalurgia subiu de 33,8 pontos para 63,4 pontos; de equipamentos de informática cresceu de 30,1 para 58,1 pontos; de máquinas e equipamentos aumentou de 33,7 pontos para 62,3 pontos. Nessa comparação anual, o menor crescimento ocorreu no setor de produtos de limpeza, que passou de 45,1 pontos para 54,2 pontos.

Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, maio do ano passado foi o pior momento da pandemia para a indústria, quando os empresários pararam suas linhas de produção e tiveram de se adaptar. Neste ano, avalia o economista, apesar da segunda onda de contaminação da covid-19, a queda da confiança não ocorreu porque as medidas de isolamento social foram melhor direcionadas e a indústria estava mais preparada.

"Ao contrário do que ocorreu em 2020, em 2021, as medidas de restrição de atividades econômicas têm permitido o funcionamento das empresas da indústria", afirma Marcelo Azevedo.

Além disso, ele avalia que o nível de incerteza é menor neste ano do que em 2020, porque as empresas viram que a recuperação econômica no ano passado foi rápida após a liberação das atividades. Associado a isso, neste ano, há a expectativa de que a vacinação resolva a crise sanitária.

A pesquisa foi feita no período de 3 a 12 de maio, com 2.209 empresas, sendo 860 pequeno porte, 814 médio porte e 535 de grande porte.

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