O dólar segue em baixa, após cair 2,01% a R$ 5,1862 na abertura dos negócios desta terça-feira, 7. O mercado de câmbio precifica o apetite por risco no exterior em meio à desaceleração dos casos de coronavírus em vários países e a permanência no cargo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Os dados de varejo no Brasil em fevereiro melhores do que as medianas projetadas pelo mercado também ajudam a embalar o bom humor local.
No radar dos investidores agora estão um entrevista coletiva do ministro da Economia, Paulo Guedes, uma videoconferência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e a votação nesta manhã do Plano Mansueto de ajuda aos Estados, no plenário da Câmara dos Deputados.
Sem incluir ainda os efeitos da pandemia de coronavírus no País, as vendas do varejo subiram 1,2% em fevereiro ante janeiro – bem melhor que mediana negativa esperada (-0,4%), e dentro do intervalo das projeções do mercado (-1,7% a +2,5%). Ante fevereiro de 2019, as vendas do varejo subiram 4,7% em fevereiro, também acima da mediana (+2,1%) e dentro do intervalo das estimativas (0% a +7,5%).
Mais cedo, porém, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas teve a segunda maior queda da série histórica em março, quando começou o isolamento social no País, cedendo 9,4 pontos, para 82,6 pontos, menor nível desde junho de 2016 (82,2 pontos).
"O cenário negativo deve persistir nos próximos meses, considerando o crescente aumento de incerteza no país", afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.
Às 9h22, o dólar à vista desacelerava a queda, a R$ 5,2107 (-1,55%). O dólar futuro para maio recuava a R$ 5,2190 (-1,44%).