Um dia depois do último debate presidencial visando o segundo turno no Peru, e com as pesquisas apontando um empate técnico, a candidata Keiko Fujimori fez um "juramento" pela democracia, e reconheceu erros próprios e do seu partido. Em evento em Arequipa, que contou com personalidades como o escritor Mario Vargas Llosa, Keiko pediu "uma oportunidade" para comandar o país.
"Depois de 30 anos de distância e muitas diferenças", indicou ter se acertado com Vargas Llosa. O Nobel de Literatura foi derrotado em eleições na década de 90 pelo pai de Keiko, Alberto Fujimori, e foi um importante opositor do fujimorismo, sendo crítico notório e denunciando abusos. No entanto, diante do candidato Pedro Castillo, visto como próximo à extrema-esquerda, o escritor declarou apoio a postulante do Força Popular, vista como um "mal menor".
Em suas redes sociais, Keiko postou hoje um vídeo com uma promessa de campanha que destinaria recursos para "pessoas mais humildes" em áreas com explorações minerais e de gás. Segundo a candidata, "40% dos recursos destas zonas irão diretamente para as famílias". O tema é uma das principais plataformas da campanha de Castillo.
A última pesquisa publicada para a eleição que ocorre no próximo domingo, 6, mostrou um empate técnico, com uma alta nas intenções de voto de Keiko. A sondagem do Instituto Ipsos tem Castillo na frente com 51,1% dos votos, com a candidata do Força Popular com 48,9% das intenções. A margem de erro é de 2,52%.