O espanhol Rafael Nadal pediu aos seus companheiros "privilegiados" que disputam o circuito mundial de tênis para analisarem melhor a situação que enfrentam depois de passarem por estrita quarentena de duas semanas antes de jogar o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam da temporada.
"Eu me sinto mal por todos eles que estão cumprindo com a quarentena sem serem capazes de sair do quarto para treinar, mas já sabíamos como seriam as determinações em um país que está fazendo as coisas realmente bem em face da pandemia", disse o espanhol em uma entrevista concedida à CNN.
Em tom diplomático, como fizera em outra entrevista recente, Nadal comentou as críticas de certos
jogadores sobre a rigidez do protocolo, mas também apontou que em outras partes do mundo a situação é muito mais crítica, com muitas mortes sendo registradas.
Nadal faz exercícios cinco horas por dia e considera uma preparação suficiente para iniciar a disputa do torneio, dia 8, contra o australiano Alex De Miñaur na primeira rodada. "Pelo menos estamos aqui e temos a oportunidade de jogar. Somos privilegiados", disse o tenista, segundo colocado no ranking mundial.
Campeão em Melbourne na edição de 2009, Nadal afirmou que ficaria muito contente se conseguisse chegar ao 21º título de Grand Slam, superando o suíço Roger Federer, que também soma 20 títulos nos torneios de maior importância no circuito mundial.
Aos 34 anos, Nadal afirmou que não pensa ainda em aposentadoria. Casado desde outubro de 2019, o espanhol revelou também o desejo de ter um filho este ano.