O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (15) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem estudado uma forma de acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dentro de uma das frentes de propostas da Reforma Tributária, em andamento no Congresso. "Temos estudado muita coisa (na Reforma Tributária). Graças a Deus não tem vazado, porque a grande mídia (destaca) a parte ruim e divulga", disse Bolsonaro durante entrevista à <i>SIC TV</i>, afiliada da <i>TV Record</i> em Rondônia. Segundo o presidente, o IPI é "muito alto no Brasil". "É geladeira, fogão, bicicleta. Obviamente deve haver compensação do outro lado", afirmou.
Bolsonaro também voltou a tratar da redução de impostos federais sobre combustíveis. De acordo com o presidente, a medida, entretanto, não teve efeito para conter a alta nos preços. "Não adiantou eu fazer isso porque alguns governadores aumentaram o ICMS quando eu (reduzi) o PIS/Cofins. Então ficou quase que no zero a zero", disse. Apesar da fala do presidente, o aumento citado por Bolsonaro foi feito para cesta de produtos e não apenas para os combustíveis. Em Estados como São Paulo, a mudança aconteceu pela revogação de benefícios tributários. "Diminuir o preço na refinaria não chega na bomba, já aumentar chega imediatamente", completou Bolsonaro.
O presidente também lamentou não ter prosperado no Congresso a ideia do governo federal de impor um ICMS único a todos os Estados brasileiros. Porém, Bolsonaro afirmou ter recebido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o compromisso de votar, "amanhã ou na semana que vem, no máximo", o projeto que estabelece valor nominal para incidência do ICMS.