O dólar opera em baixa no mercado à vista, puxada pelo exterior e com sinais de entrada de fluxo cambial, após o tom mais duro da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e de o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, descartar elevação "preventiva" de juros para conter a pressão inflacionária nos EUA.
O mercado de câmbio acompanha o recuo do dólar ante pares principais e outras divisas emergentes e ligadas a commodities. A queda dos juros dos Treasuries de dez anos é monitorada, mas os retornos do T-Note 2 anos e do T-Bond 30 anos já mostram alta.
Além disso, no Brasil, a perspectiva de novo reajuste na bandeira tarifária de energia elétrica em julho tende a pressionar ainda mais a inflação doméstica e pode reforçar as apostas em alta mais forte da taxa Selic em agosto, de 1 pp a 1,25 pp, favorecendo a atratividade do País ao investidor estrangeiro e a valorização do real, segundo operador de câmbio. Novas ofertas de ações na Bolsa podem estar apoiando também a continuidade de ingressos de investidor estrangeiro no mercado local, comenta a mesma fonte.
Na terça-feira, 22, a Ecorodovias fixou preço de "follow on" em R$ 12,50 e a oferta movimentou R$ 1,970 bilhão na Bolsa de Valores. As ações emitidas/alienadas no âmbito da oferta restrita passarão a ser negociadas na B3 a partir desta quinta-feira, dia 24, sendo que a liquidação física e financeira das ações na sexta-feira, 25.
Às 9h43 desta quarta-feira, 23, depois de cair à mínima a R$ 4,9398, o dólar à vista recuava 0,24%, a R$ 4,9543. O dólar futuro para julho também desacelerava a queda, a 0,08%, a R$ 4,9570, após mínima a R$ 4,940. O rendimento da T-note de 10 anos caía a 1,4726%, de 1,475% no fim da tarde de ontem. Mas o rendimento do T-Bond 30 anos subia a 2,1067%, de 2,105% e o juro da T-Note dois anos avançava a 0,2455%, ante 0,2300%.