A falta de insumos e doses da vacina contra a covid-19 no Brasil levou integrantes do Congresso Nacional a defenderem uma negociação com a China sem a participação do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) pediu aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a criação de uma delegação do Congresso para negociar com diplomatas chineses.
Em São Paulo, o Instituto Butantan espera matéria-prima para continuar a produzir a Coronavac. A Fiocruz, por sua vez, adiou de fevereiro para março a previsão de entrega das primeiras doses da vacina Oxford/AstraZeneca que serão produzidas no Brasil.
"Não tem como dar certo: presidente da república nomeia Pazuello craque em logística e Ernesto Araújo craque em diplomacia para negociar insumos farmacêuticos para a produção da vacina com a China", afirmou Paulo Teixeira nas redes sociais, em referência aos ministros da Saúde e das Relações Exteriores.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu uma audiência com o embaixador da China, Yang Wanming, para tratar sobre o assunto. Segundo Maia, o encontro deve ocorrer na quarta-feira, 20, pela manhã.