As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, 2, um dia após o presidente chinês, Xi Jinping, fazer forte discurso contra a interferência externa e à espera dos últimos números do mercado de trabalho dos EUA.
Na China continental, o Xangai Composto recuou 1,95% hoje, a 3.518,76 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda semelhante, de 1,86%, a 2.396,78 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,80%, a 28.310,42 pontos.
Em discurso pela comemoração do centenário do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping fez apelos à unidade nacional e desafiou pressões internacionais. O povo do país "jamais permitirá que nenhuma força estrangeira nos intimide, oprima ou escravize", afirmou o líder, em tom contundente. A fala de Xi vem num momento de crescente pressão externa, em especial dos EUA, por supostas violações de direitos humanos cometidas pela China.
Investidores na Ásia também estão na expectativa para o último relatório de emprego dos EUA, que será publicado às 9h30 (de Brasília). O documento, que é conhecido como payroll, tem forte influência nos rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Em meados do mês passado, o Fed sinalizou que está propenso a retirar estímulos monetários mais cedo do que se imaginava, à medida que os EUA se recuperam com força dos choques da pandemia de covid-19.
Também permanece no radar a variante delta do coronavírus, que se espalha rapidamente por dezenas de países e ameaça planos de reabertura econômica.
Em outras partes da região asiática, o índice acionário Kospi teve baixa marginal de 0,01% na bolsa sul-coreana hoje, a 3.281,78 pontos, assim como o Taiex, que caiu 0,02% em Taiwan, a 17.710,15 pontos. Por outro lado, o japonês Nikkei subiu 0,27% em Tóquio, a 28.783,28 pontos, impulsionado por ações dos setores automotivo e petrolífero.
Na Oceania, a bolsa australiana também contrariou o tom predominantemente negativo da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,59% em Sydney, a 7.308,60 pontos, igualmente ajudado por ações de petroleiras. (Com informações da Dow Jones Newswires).