A <b>Rússia</b> renovou recorde no número diário de mortes de coronavírus pelo quinto dia consecutivo neste sábado. Entre ontem e hoje, o país registrou 697 óbitos em decorrência da doença, além de 24.439 novos casos de covid-19, o volume mais alto em 24 horas desde janeiro.
Mais da metade dos diagnósticos ocorreram na região metropolitana de Moscou e em São Petersburgo, segundo as autoridades sanitárias. O porta-voz do Kremlin, Dimitry Peskov, admitiu que a situação é "tensa" em várias regiões, mas negou planos de decretar um novo lockdown nacional. Desde o início da pandemia, a Rússia teve 5,6 milhões de infecções confirmadas e 137.262 mortes.
No <b>Reino Unido</b>, a variante delta já ameaça o processo de relaxamento das restrições à mobilidade. Os planos iniciais previam a suspensão de todas as medidas até 19 de junho, mas a propagação da mutação forçou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a adiar o prazo em 1 mês.
No entanto, em meio à recente escalada na quantidade de casos, especialistas defendem que algumas restrições sejam mantidas após 19 de julho. A Associação Médica Britânica (BMA, na sigla em inglês) quer que as pessoas continuem tendo que usar máscaras e renovem o sistema de ventilação em lugares fechados.
A nação insular europeia reportou hoje 24.855 registros do vírus, com 27 mortes. O número de casos voltou a superar a marca de 20 mil no início desta semana, depois de atingir a mínima de 2 mil em meados de abril. Ao todo, 45,1 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina, entre os quais 33,4 milhões completaram a imunização – cerca de metade da população.
A delta também tem preocupado outros países da Europa. O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) prevê que, até o fim de agosto, a mutação responderá por 90% dos diagnósticos confirmados na doença na União Europeia. Nesse ambiente, <b>Portugal</b> voltou a decretar toque de recolher noturno para tentar conter o vírus, das 23h às 5h (horário local).
Na <b>França</b>, o ministro da Saúde, Olivier Véran, alertou que a delta pode atrapalhar os planos para o verão europeu. Segundo ele, há o risco de que o país enfrente uma terceira onda da epidemia a partir de setembro, mas essa data pode ser antecipada. "Há ameaça de uma piora já no verão", advertiu.
*Com informações da Associated Press