O dólar abriu esta terça-feira, 20, em queda, acompanhando a desvalorização externa algumas divisas emergentes ligadas a commodities, após subir 2,64% ontem, e diante da queda persistente dos retornos dos Treasuries norte-americano. Mas, ruídos políticos seguem no radar local, trazendo pressão de alta ao dólar, além de um fortalecimento do índice DXY do dólar ante seis moedas fortes há pouco.
O presidente Jair Bolsonaro volta a atacar, mais cedo, o ministro do STF Luis Roberto Barroso, reafirma que vai provar fraude na urna eletrônica e disse que as reformas tributária e administrativas devem ser aprovadas neste ano. Ontem à noite, Bolsonaro afirmou que irá vetar o fundão eleitoral, aumentando o mal-estar com o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos, que pediu ao presidente da Casa, Arthur Lira, para ter acesso integral ao teor dos mais de 100 pedidos de impeachment de Bolsonaro. Além disso, Bolsonaro voltou a prometer um Bolsa Família na faixa de R$ 300, a despeito das dificuldades na área fiscal.
Nos primeiros negócios, investidores realizaram pequena parte do forte ganho da véspera, quando o dólar à vista atingiu R$ 5,2506 – maior valor desde setembro de 2020 (R$ 5,2506), precificando a aversão ao risco no exterior por preocupações com a retomada econômica diante da ampla disseminação da cepa delta, mais contagiosa, de coronavírus pelo mundo.
Mais cedo, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) arrefeceu de 1,27% na leitura de junho para 0,72% na segunda prévia de julho. Em 12 meses, a inflação medida pelo índice na segunda prévia desacelerou de 36,65% para 33,75%.
No exterior, as bolsas exibem ganhos moderados, e os preços do petróleo mostram instabilidade.
Às 9h26, o dólar à vista exibia viés de alta de 0,05%, a R$ 5,2549, após cair à mínima a R$ 5,2319. O dólar futuro para agosto ganhava 0,05%, a R$ 5,260, ante mínima a R$ 5,2380.