Estadão

Bronze em Tóquio, Daniel Cargnin revela quase abandono do esporte

Daniel Cargnin, medalhista de bronze na categoria meio-leve (até 66 kg) em Tóquio, revelou que por pouco não abandono o judô por causa dos rígidos treinamentos, mas continuou firme por causa do apoio incondicional de sua mãe, Ana Rita.

"Acho que a gente sonhou junto isso, e vou ser bem sincero que queria era pegar, ligar para ela e falar que valeu a pena. Quando uma vez estava em um treino, pequeno, voltei chorando porque tinha apanhado muito. Ela falou: Não, Dani, vamos comer alguma coisa e amanhã é um novo dia , disse o atleta, em entrevista ao lado do tatame para o SporTV.

O judoca gaúcho, de 23 anos, também relembrou das dificuldades enfrentadas durante o ciclo olímpico. "Desde a pandemia, machuquei duas ou três vezes, não fui para o Mundial porque peguei covid-19, e pensei que não estava dando certo. Eu me esforcei bastante, fiquei na casa da minha mãe, que me deu todo o suporte. Não bateu a ficha", disse Cargnin, bastante emocionado.

Ele também destacou o apoio dado pela comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô. "Lembro de estar falando com a sensei Yuko… Uma vez a gente estava em um treinamento na Itália, em 2018, e eu estava muito cansado, apanhando muito, e ela me levantava e dizia: Vamos lá, vamos lá . Eu me peguei chorando no banheiro e pensando: Por que ela não desiste de mim? Às vezes eu mesmo penso em desistir! . Encontrar ela foi especial, eu acreditei nisso. Preciso agradecer ao meu ídolo João Derly, meus amigos… Todos me deram muito suporte. Estou muito feliz."

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