O americano Caeleb Dressel conquistou na noite desta quarta-feira, pelo horário de Brasília (manhã de quinta no Japão), sua primeira medalha olímpica em Jogos Olímpicos. E foi logo um ouro nos 100 metros livre, a prova mais tradicional da natação. A estrela dos Estados Unidos registrou o novo recorde olímpico da distância.
Dressel bateu na frente com 47s02, estabelecendo a nova melhor marca em Jogos Olímpicos. O dono do recorde era o australiano Eamon Sullivan, com 47s05 em Pequim-2008. O americano, contudo, seguiu acima do recorde mundial, do brasileiro Cesar Cielo, de 46s91. O melhor tempo de Dressel é 46s96, obtido em 2019.
Aos 24 anos, o americano se tornou a maior aposta da natação americana desde a aposentadoria de Michael Phelps. No Rio-2016, em sua primeira Olimpíada, faturou duas medalhas de ouro, ambas em revezamento: 4x100m livre e 4x100m medley. Em Tóquio, esteve no time americano que foi campeão olímpico novamente no 4x100m livre. Desta vez, brilhou sozinho na prova que gera maior expectativa na natação.
Para levar o ouro, Dressel desbancou o australiano Kyle Chalmers, campeão da prova no Rio-2016. O americano liderou a prova desde o início, chegou a virar na frente com certa vantagem. Mas, nos últimos 30 metros, Chalmers disparou, até emparelhou com Dressel, mas perdeu na batida de mão, com 47s08. O bronze foi para o russo Kliment Kolesnikov, com 47s44.
Na final dos 200 metros peito, o australiano Izaac Stubblety-Cook se sagrou campeã olímpico ao anotar 2min06s38. A prata foi para o holandês Arno Kamminga, com 2min07s01, seguido do finlandês Matti Mattsson, medalhista de bronze, com 2min07s13.
No feminino, a China conquistou seu primeiro ouro na natação nesta quarta-feira. Yufei Zhang foi a responsável pelo feito nos 200m borboleta, com 2min03s86, novo recorde olímpico. Exibindo grande performance, ela venceu com mais de um corpo de vantagem. As americanas Regan Smith e Hali Flickinger completaram o pódio com prata e bronze, respectivamente, com os tempos de 2min05s30 e 2min05s65.
RECORDE MUNDIAL – Se Zhang levou a China de volta ao topo do pódio na modalidade, o time chinês no revezamento 4x200m livre foi ainda melhor. Bateu o segundo recorde mundial da natação nesta Olimpíada ao vencer a prova em 7min40s33, derrubando a marca que pertencia à Austrália, com 7min41s50 registrado em 2019.
Não foi o único revés para o time australiano nesta prova. Forte candidata ao ouro, a equipe da Oceania dominou boa parte da prova, fazendo equilibrado duelo com as chinesas. Mas perderam rendimento na última parte do revezamento, apesar da boa performance de Ariarne Titmus, dona de dois ouros em Tóquio, e ficaram apenas com o bronze, com 7min41s29.
A medalha de prata foi para os Estados Unidos, com 7min40s73, após forte reação capitaneada por Katie Ledecky. Última a cair na água, recebeu em quarto lugar. Mas imprimiu ritmo intenso na disputa, ganhou posições e esteve perto de roubar o ouro da China na batida de mão.