Estadão

Dólar sobe a R$ 5,21 com dado de emprego ruim nos EUA

O dólar renovou máxima nesta quarta-feira, 4, em reação ao relatório ADP de emprego no setor privado dos Estados Unidos ter mostrado criação de 330 mil vagas de emprego em julho, metade do previsto por analistas, de abertura de 653 mil empregos. A frustração aumenta a expectativa pelo relatório de emprego dos EUA, o payroll, que sai na sexta-feira (6). O Fed reafirmou na semana passada que a recuperação do mercado de trabalho é condição primordial para começar a mudar a política monetária no país, além da alta da inflação e do crescimento da economia.

Os investidores esperam em sua maioria uma alta de 1 ponto da Selic, a 5,25% no desfecho do Copom hoje à noite, mas estão atentos também à queda dos retornos dos Treasuries longos e da moeda americana ante pares principais e algumas divisas emergentes pares do real, principalmente após a divulgação do relatório da ADP.

Também o risco fiscal no Brasil segue no foco de preocupação do mercado, mas sem novidades por enquanto. Ontem os juros tiveram leve alta e o dólar fechou com avanço de 0,53%, a R$ 5,1927, com a pressão atenuada por declarações do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negando o aumento do Bolsa Família a R$ 400, como havia cogitado o presidente Jair Bolsonaro, e o risco de rompimento do teto dos gastos. Lira também descartou qualquer possibilidade de calote dos precatórios, outro temor do mercado.

Às 9h29 desta quarta, o dólar à vista subia 0,51%, a R$ 5,2190. O dólar para setembro tinha máxima a 5,2380.

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