O dólar opera em baixa na manhã desta sexta-feira, 3, em meio à participação do Presidente do Banco Central em premiação do <i>Broadcast/Estadão</i>, que já começou e diante da espera pelo relatório de empregos ("payroll") dos Estados Unidos de agosto, que sai às 9h30. Campos Neto disse que "existe movimento de reprecificação de inflação para frente no mundo e que pode ter mudança estrutural com pandemia e, por isso, inflação mais prolongada". Para ele, "não importa se retomada é em V ou não, temos PIB em nível pré-pandemia".
No câmbio, a moeda americana está alinhada ao sinal de baixa predominante ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior, após novos indicadores atestando a desaceleração da economia na China e na Europa.
Contudo, preocupações fiscais persistem, com crise hídrica pressionando ainda mais a inflação e as indefinições sobre precatórios, as fontes de recursos para o Bolsa Família e a reforma do Imposto de Renda, aprovada ontem pela Câmara, mas que pode sofrer alterações no Senado. O temor fiscal tem sustentado a inclinação maior da curva de juros nas últimas semanas. Serão monitorados também o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, que fala em evento online, às 12h10, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, às 18h.
O <i>Broadcast/Estadão</i> apurou que a Caixa e o Banco do Brasil decidiram se manter na Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Para o comando das instituições oficiais, a "solução" encontrada pela associação dos bancos agradou as duas partes. Ontem, a Febraban reafirmou, em nota, o apoio ao manifesto que pede a pacificação entre Poderes. No comunicado, a entidade procurou se desvincular das decisões da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cujo presidente Paulo Skaf, optou pelo adiamento do documento.
Às 9h22, o dólar à vista caía 0,41%, a R$ 5,1618. O dólar para outubro recuava 0,49%, a R$ 5,1795.