Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, seguirá banido de qualquer atividade relacionada ao futebol pelo resto da vida. O ex-dirigente teve o apelo para reverter a punição da Fifa, rejeitado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira. A Corte também manteve a multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 6,16 milhões, na cotação atual), imposta pelo Comitê de Ética da entidade máxima do futebol.
Teixeira foi punido pela Fifa em novembro de 2019, sob a acusação de ter recebido subornos relativos a acordos pelos direitos de competições sul-americanas entre 2006 e 2012, quando era membro da entidade. Este é o primeiro caso de banimento vitalício julgado pelo CAS em decorrência de investigações realizadas pelas autoridades americanas.
Atualmente com 73 anos, Ricardo Teixeira comandou a CBF entre 1989 até 2012, quando renunciou ao cargo de comandante do futebol brasileiro, além de deixar o Comitê Executivo da Fifa e a presidência do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.
Ele foi substituído por José Maria Marin, também acusado de corrupção, e banido do futebol pela Fifa em 2015. Foi condenado à prisão pelos crimes de fraude financeira, lavagem de dinheiro e conspiração.
Marco Polo del Nero assumiu o comando da entidade em 2015, deixando o cargo dois anos depois por ser alvo de investigações semelhantes ao dos outros dois dirigentes anteriores, e sendo banido pela Fifa em 2018. O cargo passou pelas mãos do coronel Antônio Carlos Nunes antes de Rogério Caboclo afastado por acusações de assédio sexual e moral ser empossado, e voltar para o militar.