O técnico do Aston Villa, Dean Smith, confirmou nesta sexta-feira que a Premier League, organizadora do
Campeonato Inglês, e o governo do Reino Unido discutem um acordo que permita a viagem de jogadores de clubes da competição para os jogos de seleções nacionais, sem a necessidade de uma quarentena de 10 dias no retorno.
No início de setembro, as equipes se recusaram a ceder integrantes dos elencos aos países sul-americanos que integram a lista vermelha – o Brasil está nela -, de acordo com risco de contágio da covid-19, elaborada pelas autoridades britânicas, devido aos 10 dias de isolamento obrigatório a ser cumprido no retorno.
"Pelo que sei, neste momento, os dirigentes e o governo estão trabalhando juntos para chegar a um acordo em que os jogadores possam ir com suas seleções, jogar e, quando voltarem, possam atuar aqui sem problema", disse Smith, em entrevista coletiva. "Obviamente, o mais importante é a segurança de todo mundo porque não queremos espalhar mais o vírus. Assim, espero que se chegue a um acordo", completou o técnico da equipe de Birmingham.
O Aston Villa conta com o goleiro Emiliano Martínez e do lateral Emiliano Buendía, que viajaram em setembro para o Brasil, onde jogariam pela Argentina. De lá, precisam embarcar para a Croácia, onde ficaram isolados 14 dias, mas podendo treinar, até que voltassem ao Reino Unido sem restrições.
A negativa dos clubes de ceder jogadores às seleções nacionais iniciou um conflito com entidades futebolísticas e a Fifa chegou a punir o clube, com impedimento de utilização até a data prevista de
reapresentação após a janela de jogos do mês passado.
Na Data Fifa de outubro, quando enfrentará Venezuela, Colômbia e Uruguai, o técnico Tite convocou oito jogadores que atual na Inglaterra. São eles: os goleiros Alisson (Liverpool) e Ederson (Manchester City); o lateral-direito Emerson (Tottenham); o zagueiro Thiago Silva (Chelsea); os meio-campistas Fabinho (Liverpool) e Fred (Manchester United); e os atacantes Gabriel Jesus (Manchester City) e Raphinha (Leeds United).