A inflação dos EUA segue elevada, mas reflete em grande parte fatores transitórios, segundo a avaliação de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) registrada na ata da última reunião de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), divulgada nesta quarta-feira. De acordo com o documento, os banqueiros centrais preveem que os preços sigam altos pelos próximos meses, antes de moderarem.
A ata também afirma que os dirigentes notaram que os gargalos na cadeia de suprimentos e no mercado de trabalho americano acentuaram, e alguns membros do Fomc expressaram preocupação com a possibilidade de que as leituras mais elevadas de inflação possam contaminar as expectativas de longo prazo de consumidores e empresários.
Algumas empresas consultadas pelo Fed antes da reunião de setembro da entidade afirmaram que esperam uma resolução dos gargalos apenas em 2022, enquanto a dificuldade em contratar novos funcionários tem levado companhias a reduzir a carga horária e sua produção.
O setor manufatureiro tem sido especialmente prejudicado pelos gargalos, de acordo com o documento.
Com o recrudescimento das pressões na cadeia, os dirigentes concordaram em alterar sua comunicação, passando a dizer que a inflação está "elevada", ao invés de afirmar que ela "subiu", informa a ata.