Em meio às manobras patrocinadas pelo governo no teto de gastos para aumentar o espaço para despesas em 2022, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil tem enorme dificuldade de reduzir gastos. Mas, ao mesmo tempo, defendeu que o desvio fiscal provocado pelas ações recentes do governo não foi tão grande.
"O teto de gastos quase permite gastar mais. Se tenho credibilidade do teto, posso gastar mais hoje e voltar para o teto. O resultado primário em 2022 ainda será bastante bom", disse Campos Neto, em participação no evento Meeting News, organizado pelo Grupo Parlatório.
Ele reconheceu que é preciso indicar qual é o arcabouço fiscal para frente. "No mercado se pagou um preço muito caro para um desvio (fiscal) que não foi tão grande", ponderou.