Em situação financeira delicada, o Santos conseguiu evitar uma nova punição da Fifa ao fechar um acordo com o Wolfsburg, da Alemanha, envolvendo o atacante Bruno Henrique, atualmente no Flamengo. A operação aconteceu em janeiro de 2017 e a dívida, com juros e correção, ultrapassa a casa dos R$ 2 milhões.
Em nota, o Santos explica que se comprometeu a pagar 350 mil euros (cerca de R$ 2,2 milhões, pelo câmbio atual) em 2020, mas acabou não cumprindo o acordo. Em nova reunião entre as partes, a diretoria do clube paulista concordou em pagar seis parcelas de 50 mil euros (R$ 314 mil) e uma sétima de 60 mil euros (R$ 377 mil). "Essa foi mais uma situação que herdamos e estamos solucionando, para colocar o Clube em dia", afirmou o presidente do Santos, Andres Rueda.
Com isso, o Santos evita uma nova punição da Fifa. Desde de 2020, o time paulista vem sofrendo sanções por dívidas em transações, o que gerou algumas proibições no registro de novos atletas. No ano passado, o clube foi punido por dívidas envolvendo o meia Soteldo, junto ao Huachipato, do Chile, e o zagueiro Felipe Aguilar, com o Atlético Nacional, da Colômbia.
Em relação ao venezuelano, o Santos repassou o valor de R$ 16,5 milhões referente à venda do jogador ao Toronto FC, do Canadá, e pagou posteriormente mais R$ 2,7 milhões. Com o Atlético Nacional, a dívida era de R$ 4 milhões.
No início de 2020, porém, a proibição veio pelo não pagamento ao Hamburgo pela contratação do zagueiro Cléber Reis. O acordo com o clube alemão foi de R$ 19,7 milhões, tendo um desconto de aproximadamente R$ 10 milhões após longa negociação.
Como lutou a temporada inteira para não ser rebaixado nas competições que disputou – Paulistão e Brasileirão -, o Santos tenta de toda maneira evitar uma punição que o impeça de registrar jogadores em 2022. Hoje, o clube paulista está liberado para contratar quem quiser.