Estadão

China impõe sanções a autoridades americanas, em retaliação a medidas dos EUA

A China anunciou nesta terça-feira sanções a quatro membros da Comissão para Liberdade Religiosa Global do governo dos Estados Unidos, em retaliação a medidas da Casa Branca contra oficiais do Partido Comunista sob alegação de abusos na região chinesa de Xinjiang.

A presidente e três membros do órgão dos EUA estão proibidos de visitar a China continental, Hong Kong e Macau, e quaisquer bens que tenham no país serão congelados, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian.

Zhao identificou os alvos como a presidente Nadine Maenza, o vice-presidente Nury Turkel e os membros Anurima Bhargava e James Carr. Zhao não deu nenhuma indicação se eles têm ativos na China.

As sanções aumentam a tensão entre os países sobre Xinjiang. Washington proibiu as importações da região que poderiam ser feitas com trabalho forçado, enquanto ativistas pedem um boicote às Olimpíadas de Inverno de fevereiro em Pequim. A China negou as acusações de abusos e antes retaliou publicando pedidos de boicote a marcas estrangeiras de calçados e roupas.

A China ameaçou retaliar depois que o Tesouro dos EUA anunciou sanções em 10 de dezembro contra dois oficiais acusados de envolvimento na repressão de uigures e outras minorias principalmente muçulmanas em Xinjiang. Pequim é acusada de detenções em massa, abortos forçados e outros abusos.

O Tesouro teve como alvo Shohrat Zakir, presidente do governo da região de 2018 até o início deste ano, e Erken Tuniyaz, que ocupa o cargo agora e antes era vice-presidente.

"Os Estados Unidos devem retirar as chamadas sanções e parar de interferir nos assuntos de Xinjiang e nos assuntos internos da China", disse Zhao. "A China dará novas respostas de acordo com a evolução da situação", completou. Fonte: Associated Press.

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