A direção do Botafogo celebrou no início da noite desta sexta-feira o acerto com o Eagle Holding, fundo americano liderado por John Textor, que assinou pré-contrato para adquirir a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube carioca.
"É com grande satisfação que anunciamos esse marco histórico no Botafogo. Um clube da nossa grandeza terá um parceiro de altíssimo nível para investir e criar as condições que nos possibilitem retomar o protagonismo no futebol brasileiro e mundial. Agora, iniciamos uma segunda etapa do processo, igualmente importante, antes de formalização da nova constituição jurídica. Agradeço a todos que se empenharam, de forma executiva e profissional, para esse momento. O torcedor alvinegro, que por anos esteve ao nosso lado mesmo em períodos de grandes dificuldades, está de parabéns pelo apoio incondicional e por acreditar no profissionalismo da gestão", disse o presidente do Botafogo, Durcesio Mello.
De acordo com o Botafogo, o clube recebeu uma oferta da Eagle Holding e a rejeitou. A contraproposta do fundo acabou sendo aceita pelo clube carioca, que não revelou as cifras envolvidas na negociação.
"Foram nove meses de muito trabalho sério e profissional para chegar ao fim de 2021 com o Botafogo na Série A e agora com um investidor na SAF. Estou muito feliz por poder contribuir com o Glorioso. Feliz natal e saudações alvinegras", comentou o CEO do Botafogo, Jorge Braga.
John Textor, que deve fazer um aporte no Botafogo superior aos R$ 400 milhões previstos por Ronaldo no Cruzeiro, é conhecido no meio do futebol por ser dono de 18% das ações do Crystal Palace, time da primeira divisão do Campeonato Inglês. Ele tentou comprar parte do Benfica, sem sucesso. E já demonstrou interesse no RWD Molenbeek, da segunda divisão da Bélgica.
O empresário americano é programador de origem e costuma fazer negócios ligados às mídias. Ele é dono de uma companhia especializada em efeitos especiais e fundou a fuboTV, especializada em streaming nos EUA. Quando abriu suas ações na Bolsa de Nova York, a empresa foi avaliada em US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões), em outubro de 2020.
O Botafogo tenta seguir o caminho do Cruzeiro, que se transformou em clube-empresa e direcionou seu departamento de futebol para se tornar uma SAF, com base em legislação recentemente aprovada pelo Congresso Nacional.