Um dia depois de o prefeito Ricardo Nunes (MDB) ter anunciado a renovação da concessão do uso do CT da Barra Funda para o São Paulo, o poder municipal recuou e afirmou que o processo ainda está em fase de instrução, ou seja, fase de estudos. O contrato assinado nesta terça-feira, 28, em cerimônia com a presença do prefeito e do presidente do São Paulo, Julio Casares, apenas retificou as contrapartidas que o clube deverá realizar para permanecer no local.
Durante o evento, o prefeito chegou a afirmar: "Assinamos o termo que amplia a concessão de uso da área por 20 anos renováveis por mais 20 anos. Portanto, esse espaço importante onde o São Paulo desenvolve suas atividades vai poder ser utilizado, e bem utilizado, por mais 40 anos".
Nesta quarta-feira, a prefeitura esclareceu que "o processo está em fase de instrução, sendo definidas as contrapartidas e secretarias envolvidas". A ausência da cláusula de renovação no contrato assinado entre o prefeito e o presidente foi publicada inicialmente pelo UOL e confirmada pelo Estadão.
No acordo, o São Paulo se comprometeu a entregar dois Centros de Educação Infantil (CEIs) nos bairros de São Mateus e Grajaú, como contrapartida pelos primeiros 40 anos de concessão do CT da Barra Funda, que expiram em janeiro de 2023. As obras devem ser iniciadas em 2022, com conclusão prevista para janeiro de 2023. Um total de 320 alunos serão beneficiados.
"Como instituição, é muito importante ver os movimentos sociais da cidade que têm direcionamento e foco junto às comunidades. Temos o benefício do comodato, mas também daremos uma contrapartida importante para a sociedade paulistana", afirmou o Casares.
A partir de janeiro de 2023, a concessão deverá ser ampliada com novas contrapartidas a serem discutidas. No CT da Barra Funda, existem três campos para treinamento, um alojamento, departamento médico e de recuperação de atletas e toda a infraestrutura de um clube profissional.