As distribuidoras de combustíveis se aproximaram mas não conseguiram bater por completo as metas individuais compulsórias de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa para 2021. No ano, foram retirados de circulação (aposentados) 24.405.193 créditos de descarbonização (CBIOs) pelos distribuidores, o correspondente a 96,8% do estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em relação à meta global definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), foram cumpridos 98,2% do total.
Dos 142 distribuidores de combustíveis com metas fixadas para 2021, 118 cumpriram integralmente ou acima de 85% do definido pela agência, encaixando-se na norma que permite comprovação dos 15% restantes no ano seguinte. Ou seja, 24 empresas não atenderam aos objetivos do órgão regulador e podem ser multadas por isso.
As metas de descarbonização são individuais, cada distribuidora tem a sua. Quanto mais combustível uma empresa vende, mais crédito de carbono tem de ser adquirido.
O crédito é o CBIO, negociado na B3. A medida faz parte da Política Nacional de Combustíveis (Renovabio), criada em 2017 para que o Brasil cumpra as obrigações assumidas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP-21).
Cada Cbio corresponde a uma tonelada de CO2 evitado, o equivalente a sete árvores. O total de crédito a ser adquirido pelas distribuidoras neste ano, de 33,9 milhões de toneladas de CO2 eq (equivalente), corresponde à captura de carbono de 233,73 árvores. Todo ano, as distribuidoras têm metas de aquisição de créditos dos fornecedores de biocombustíveis, que são uma alternativa limpa em comparação com os combustíveis derivados petróleo vendidos nos postos.