Estadão

Disputa eleitoral no Maranhão gera impasse sobre palanques para presidenciáveis

A decisão do governador Flávio Dino (PSB) de lançar o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) à sucessão estadual gerou impasse na definição dos palanques para candidatos à Presidência da República.

Logo após o anúncio do apoio de Dino, o senador Weverton Rocha (PDT) disse em entrevista coletiva que vai manter a pré-candidatura ao governo maranhense. A decisão afeta o correligionário e presidenciável Ciro Gomes, que precisará dividir o palanque com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que Weverton fará campanha também para o petista.

Enquanto Ciro terá que dividir os holofotes, Lula vai ter à disposição mais de um palanque para subir no Maranhão durante a disputa presidencial. O ex-presidente também terá apoio de Brandão e Dino, que vai concorrer a uma vaga no Senado com apoio do PT.

Situação mais difícil tem o pré-candidato ao Planalto pelo PSDB, o governador de São Paulo, João Doria. Até então no ninho tucano, Carlos Brandão anunciou nesta segunda, 31, que vai desembarcar no PSB para concorrer ao governo estadual.

A movimentação deve inviabilizar um palanque para Doria, já que o novo destino partidário do vice-governador e a chapa futuramente liderada por ele marcharão com Lula, seu adversário na corrida eleitoral. O PSDB local, no entanto, não anunciou ainda se estará com Brandão.

Procurado pelo <b>Broadcast Político</b>, o presidente nacional do partido, Bruno Araújo, disse que a sigla está conversando sobre "outros projetos no Maranhão". "Nas próximas semanas, teremos uma posição mais clara do que iremos optar", declarou, de forma sucinta.

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