O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu início na manhã desta quarta-feira ao julgamento da operação de compra da Oi Móvel pela claro, TIM e Vivo. Como antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a tendência é que o negócio seja aprovado com restrições, sendo a principal delas a venda de 10% a 15% do espectro adquirido no negócio.
O julgamento que acontece nesta quarta-feira tende a ter um resultado apertado. Segundo o Broadcast apurou, o conselheiro relator do caso, Luis Braido, deve votar pela reprovação da compra.
A expectativa no momento é que um a dois conselheiros acompanhem o relator. O restante deve votar pela aprovação com restrições.
Como são seis conselheiros, se der empate, o presidente do órgão, Alexandre Cordeiro, tem voto de minerva e pode decidir e, de acordo com fontes, ele seria favorável à operação.
<b>Remédios</b>
Nos últimos dias, os conselheiros e as empresas intensificaram as negociações. Como mostrou o Broadcast na semana passada, a questão principal para a maior parte dos conselheiros do Cade é que, ao dividir a Oi entre si, TIM, Claro e Vivo passam a controlar praticamente todo o espectro, que são as faixas por onde passam os dados da telefonia, o que impediria a entrada de concorrentes menores e prejudicaria o mercado.
As operadoras se comprometeram a alugar uma faixa usada em locais de menor densidade populacional (900 Mhz), como áreas rurais.
O pacote prevê ainda a venda de antenas e equipamentos da Oi.