Estadão

Viagem no tempo com Camila Queiroz e Maisa

Voltar no tempo é um desejo que permeia a vida de meio mundo, afinal, quem não gostaria de acertar contas com o passado? Claro, na realidade trata-se de algo impossível, mas, na ficção, aí pode tudo, voltar no tempo ou conhecer o futuro, e a arte já mostrou isso diversas vezes e das mais variadas formas. E essa viagem pelo tempo será vivenciada agora pelas atrizes Maisa e Camila Queiroz, na série juvenil De Volta aos 15, que estreia no dia 25, na Netflix.

Na história que será contada, Anita (Camila Queiroz) tem 30 anos e uma vida longe daquela que um dia imaginou ter. Sua frustração aumenta quando ela tem de ir ao casamento de sua irmã no qual revê a família e antigos conhecidos e esse encontro é desastroso.

Trancada em seu antigo quarto, a garota consegue ligar seu velho computador e se surpreende ao acessar uma antiga rede social de fotos, o extinto Orkut. A partir desse contato com seu passado, algo inesperado acontece e ela é transportada para uma época distante, quando era uma adolescente cheia de planos. E, de forma inusitada, lá estará Anita, agora com a jovem Maisa no papel, enfrentando novamente o período escolar e as complicações da adolescência.

A série transporta o público para reviver o ano de 2006, algo que também aconteceu com Camila. Como ela lembra, logo que recebeu o texto, algo chamou muito sua atenção. "Quando comecei a ler o roteiro e vi que começava com uma música da Pitty, voltei para os meus 15 anos na hora, nem tinha 15, tinha 13, em 2006", afirma.

Em entrevista ao <b>Estadão</b>, as atrizes comentaram o novo trabalho e como se divertiram se reconhecendo uma na outra em muitos momentos. As duas destacam, entre outras coisas, a questão da caracterização. Maisa revela ter ficado curiosa para saber como fariam para que tivessem alguma semelhança. "O que será que vão fazer com nossos cabelos?", pensava na ocasião. Ela sabia que ia ser necessário algo criativo para fazer com que o visual convencesse. "Como é que nós íamos ficar parecidas já que somos tão diferentes? Mas com o trabalho de caracterização da equipe, que foi incrível, ficamos sim parecidas", garante.

O mesmo diz Camila Queiroz, que também credita à equipe a semelhança entre as duas. "O cabelo da Maisa é um patrimônio nacional, isso é um fato, e, para o meu cabelo chegar perto do dela, eram horas de trabalho de uma equipe incansável."

Mas ela também acrescenta que não foi somente isso que possibilitou essa conexão entre ela e Maisa. "Estudamos bastante para que a Anita pudesse ter a identidade da Maisa e da Camila", diz Camila, que comemora o fato de terem alcançado esse objetivo e de forma equilibrada. "A gente conseguiu trazer um pouco de nós duas para a personagem." E Maisa complementa: "Quando você está próxima de alguém por muito tempo, a dupla acaba ficando com muitas semelhanças. Como a gente estava fazendo a mesma pessoa isso aconteceu conosco".

Para as duas, a convivência delas no set ajudou muito na composição da personalidade da personagem. No final, diz Camila, "tem essa coisa de a gente de repente ficar parecida", mas não somente na aparência, como ela frisa, "mas nos trejeitos também", o que propiciou uma ligação maior de uma com a outra. "Quando você anda muito com outra pessoa, você fica parecido com ela", afirma Maisa sobre essa convivência tão próxima com Camila, o que favoreceu a elaboração da personagem.

<b>OPORTUNIDADE</b>

Agora, sobre essa questão de poder retornar a uma fase da vida, Camila é categórica ao imaginar essa possibilidade, que levaria a modificar o passado de alguma forma: "Se eu pudesse dar uma passadinha lá rapidinho não alteraria nada, nada, mas me jogaria mais, teria mais coragem e me cobraria menos de modo geral". Já a jovem Maisa acha a palavra mudar muito forte. Ela explica sentir isso ao ver o que ocorre na série quando a personagem decide alterar algumas coisas. "Quando ela muda o passado, o presente é automaticamente modificado."

Mas diz que aproveitaria para dar alguns toques para ela mesma. "Se pudesse me dar um conselho, daria com certeza na questão de autoestima, de amizades, porque nessa idade a gente é muito intensa e parece que tudo é para sempre", reconhece Maísa.

As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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