Enquanto o Brasil deve estourar o teto da meta de inflação pelo segundo ano consecutivo em 2022, ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta sexta-feira que o Banco Central brasileiro deve ser mais bem sucedido que seus pares internacionais no enfrentamento à alta global de preços.
"Fizemos o Banco Central independente quando vimos que a inflação iria subir. Todos os bancos centrais do mundo ainda estão dormindo, mas o nosso acordou mais cedo. Acho que o nosso Banco Central vai ser mais efetivo no combate à inflação", afirmou Guedes, em palestra no "Seminário Economia Brasil", realizado em Fortaleza (CE).
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC alterou a projeção para a inflação de 2022 de 5,4% para 7,1%, muito distante do centro da meta deste ano, de 3,50% e bem acima do teto de 5,00%. No caso de 2023, a projeção do Copom subiu de 3,2% para 3,4%, já bem mais próxima do centro de 3,25% do próximo ano.