O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 24, que o Brasil está experimentando o "gosto amargo" do aumento dos juros para combater a inflação. No entanto, repetindo a avaliação de que os demais bancos centrais do mundo estavam "dormindo no volante", ele considerou que o País será um dos primeiros a derrubar a alta dos preços.
"Estamos experimentando o gosto amargo desse tipo de política", afirmou Guedes em participação no congresso da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
Ele considerou que a inflação é um movimento mundial que deve levar tempo para se dissipar. "Veio com força e não veio para ir embora rápido."
Guedes destacou ainda durante o evento o que considera ser uma melhora dos fundamentos fiscais do governo, com aumento da arrecadação permitindo a redução de impostos. Em relação ao IPI, ele adiantou que o corte do tributo será ampliado para 33%, após a redução de 25% anunciada no fim do mês passado.
Em 15 meses, frisou o ministro, o governo zerou o déficit primário das contas públicas, que antes estava em 10% do Produto Interno Bruto (PIB) como efeito da explosão de gastos na pandemia. "Não permitimos que governos populistas usassem a pandemia para fazer gastos desnecessários", lembrou o titular da economia, acrescentando que o Brasil está "pronto para avançar".