Com acenos a partidos de esquerda em um ato político em Niterói (RJ), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou neste sábado, 26, a condução da economia pelo governo do presidente Jair Bolsonaro e a alta do preço dos combustíveis. O petista reiterou que pretende "abrasileirar" os preços de gasolina, diesel e gás de cozinha, caso seja eleito.
"A Petrobras vai ter que voltar a ser do povo brasileiro. Temos que ter coragem para não deixar privatizar os Correios, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica. Vamos abrasileirar o preço do combustível, do óleo diesel e do gás de cozinha", disse, ao discursar durante o Festival Vermelho, ato em comemoração aos 100 anos do PCdoB.
O petista disse que, em um eventual novo governo, os ricos terão que pagar mais imposto de renda, e afirmou que a população mais pobre deverá ser contemplada por recursos públicos. "O povo pobre tem que entrar no orçamento das prefeituras, Estados e União. A contrapartida é colocar os ricos no Imposto de Renda".
Em um discurso de cerca de 40 minutos, o ex-presidente chamou Bolsonaro de "fascista", "psicopata" e ironizou as declarações do atual presidente de que não há corrupção no governo federal. "Esse fascista que está governando esse país não só não fez nada pelo povo brasileiro, como destruiu as instituições e os programas sociais", disse.
Ele voltou a fazer críticas ao ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato ao Planalto pelo Podemos, e ao ex-procurador Deltan Dallagnol, condenado a indenizar o petista por danos morais. O ex-presidente chamou a distribuição das chamadas emendas do relator, conhecidas como orçamento secreto, de "safadeza". "O orçamento secreto é a maior vergonha do País. Se é uma coisa honesta, digna, por que é secreto? Se é secreto é safadeza", disse Lula.