Um trio de pesos-pesados de Wall Street, primeiro o Goldman Sachs, e, agora, o Bank of America (BofA) e o Citi, elevaram novamente as suas projeções para os juros básicos dos EUA no ano. O movimento vem com a sinalização de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de que farão o que for necessário para colocar a inflação do país nos trilhos novamente. "50 é o novo 25", afirmou o BofA, referindo-se aos futuros movimentos de subida de juros por parte da autoridade monetária nos EUA.
Na semana passada, o Fed elevou os juros básicos dos Estados Unidos, os Fed Funds, pela primeira vez desde 2018, e sinalizou uma postura agressiva para controlar a inflação.
O Citi espera, agora, que o Fed eleve os juros em 50 pontos-base nas reuniões de maio, junho, julho e setembro e outras altas de 25 pontos-base nos dois últimos encontros do ano, previstos para outubro e dezembro. "Se a inflação acelerar inesperadamente, é possível que o Fed suba mais do que 50 pontos-base (por exemplo, 75 pontos-base) em uma reunião", avaliam os analistas do Citi, em relatório.
"Estamos surpresos com a mudança muito abrupta das autoridades do Fed em aumentos de 50 pontos-base", dizem Mark Cabana, Ralph Axel, Meghan Swiber e Bruno Braizinha, do BofA. As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>