O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) começa seu relatório de curto prazo enfatizando a elevada incerteza atual no setor, diante de vários fatores, entre eles a guerra da Rússia na Ucrânia. Isso posto, o DoE atualmente projeta que o Brent fique em média em US$ 108 o barril ao longo do segundo trimestre deste ano e em US$ 102 no segundo semestre de 2022.
O DoE aponta que o preço do Brent no mercado à vista ficou em média em US$ 117 por barril em março, uma alta de US$ 20 por barril ante fevereiro, influenciado pela ação militar da Rússia. Agora, o relatório aponta que o preço do óleo depende de quais sanções podem ser impostas contra a Rússia, de quão eficazes serão as já adotadas, além de outros pontos, como medidas independentes de empresas no setor.
Além disso, o DoE afirma que uma série de resultados macroeconômicos poderia afetar de modo significativo os mercados de energia durante o período da projeção. Os resultados incertos na produção de energia se devem a questões como o próprio conflito na Ucrânia, as decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre sua oferta e a taxa de crescimento da produção nos EUA, diz o relatório.
Segundo o DoE, o consumo global de petróleo e combustíveis líquidos deve ficar em média em 99,8 milhões de barris por dia (bpd) em todo o ano atual, uma alta de 2,4 milhões de bpd ante 2021. A projeção, porém, é 800 mil bpd inferior à do mês passado, após revisões em baixa do Produto Interno Bruto (PIB) global. Em 2023, o departamento projeta que o consumo global do petróleo e de combustíveis líquidos avançará 1,9 milhão de bpd, para em média 101,7 milhões de bpd.
Já a produção dos EUA deve aumentar 900 mil bpd em 2023, para quase 13,0 milhões de bpd, superando o recorde anterior de 12,3 milhões de bpd, estabelecido em 2019.