O mercado de câmbio amplia posições compradas e o dólar retoma os R$ 5,00. A demanda é estimulada pela contínua valorização do dólar no exterior bem como o avanço há pouco dos retornos dos títulos do Tesouro norte-americano com busca de proteção. Nesta manhã, o dólar atingiu maior nível em 19 anos na comparação com seis rivais fortes. No radar está a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve aumentar o ritmo do aperto da política monetária na reunião da próxima semana.
A moeda abriu abaixo de R$ 5,00, embora em alta, de olho na desaceleração do IGP-M de abril. Mas rapidamente ampliou os ganhos e atingiu máxima a R$ 5,0173.
Nos Estados Unidos, a economia encolheu a ritmo anualizado de 1,4% no primeiro trimestre ante previsão de alta de 1%, segundo a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.
O IBGE informou o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 3,13% em março. A taxa de fevereiro foi revista de um avanço de 0,56% para uma elevação de 0,54%.
A moeda americana forte tende a impor pressão sobre ativos como commodities, ao torná-las mais caras para detentores de outras divisas. Em reação, os contratos futuros de petróleo caíram, há pouco, repercutindo ainda reportagem do The Wall Street Journal indicando que as exportações de petróleo do Irã subiram nos três primeiros meses do ano.
Investidores observam também o avanço do coronavírus na China, que leva à imposição de novas restrições, e o conflito no leste europeu.
Às 9h22, o dólar à vista subia 0,92%, a R$ 5,0123. O dólar para maio ganhava 0,89%, a R$ 5,013.