No mês de abril, os aumentos nos gastos das famílias com Alimentação e Transportes responderam juntos por cerca de 80% da inflação oficial no País. No entanto, as altas de preços foram disseminadas, alcançando oito dos nove grupos que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
As famílias gastaram mais com Alimentação e Bebidas (2,06%), Saúde e Cuidados pessoais (1,77%), Artigos de Residência (1,53%), Vestuário (1,26%), Transportes (1,91%), Despesas Pessoais (0,48%). Educação (0,06%) e Comunicação (0,08%).
O único grupo com deflação foi Habitação (-1,14%).
Em Saúde e Cuidados Pessoais, houve pressão da alta dos produtos farmacêuticos (6,13%), que contribuíram com 0,19 ponto porcentual para o IPCA do mês.
"No dia 1º de abril, foi autorizado o reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica", lembrou o IBGE.
As maiores variações ocorreram nos remédios hormonais (7,96%) e hipotensores e hipocolesterolêmicos (6,81%). Houve alta também nos produtos de higiene pessoal (0,85%), com impacto de 0,03 ponto porcentual. O plano de saúde recuou 0,69%, ainda refletindo o reajuste negativo de -8,19% aplicado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no ano passado.
Em Artigos de Residência, os destaques foram os eletrodomésticos e equipamentos (2,25%), mobiliário (1,60%) e TV, som e informática (1,53%).
<b>Regiões</b>
Em abril, houve alta de preços em todas as 16 regiões que integram o IPCA.
A taxa mais acentuada ocorreu no Rio de Janeiro (1,39%), enquanto a menos elevada foi a da região metropolitana de Salvador (0,67%).