Com 215 mil unidades emplacadas, as vendas de veículos novos no País tiveram em outubro o maior volume do ano, com alta de 3,5% sobre setembro, até então o melhor mês de 2020. Na comparação com o mesmo período de 2019, contudo, outubro mostrou redução de 15,1% das vendas, na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
No acumulado de janeiro a outubro, a queda foi de 30,4%, com 1,59 milhão de veículos vendidos nos dez meses, conforme balanço divulgado hoje pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil.
O presidente da associação, Luiz Carlos Moraes, disse nesta sexta-feira que as montadoras estão acelerando a produção, inclusive convocando jornadas aos sábados, mas reconheceu que falta veículo para atender rapidamente os pedidos de frotistas como as locadoras, que apontam demora de até 180 dias nas entregas de automóveis.
"No primeiro semestre, tinha produto e não tinha locadora comprando. Não dá para entregar 150 mil unidades de um mês para outro", comentou Moraes. "As locadoras serão atendidas, sim, mas não na velocidade que elas gostariam", acrescentou o executivo.
Segundo ele, a abertura de novos turnos de produção nas fábricas depende de maior clareza sobre a sustentabilidade da recuperação.
No segmento de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, as vendas do mês passado subiram 3,3% em relação a setembro e caíram 14,9% na comparação com outubro de 2019. No total, 205,7 mil carros saíram das concessionárias no mês passado.
As vendas de caminhões somaram 7,9 mil unidades, com alta de 8,2% na comparação com setembro, mas queda de 16% em relação a outubro de 2019. Os emplacamentos de ônibus, de 1,4 mil unidades no mês passado, avançaram 16,5% sobre setembro, mas caíram 33,4% no comparativo anual.