A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) abriram nesta sexta-feira, 20, a Operação Heron contra agentes públicos que teriam sido corrompidos pela milícia. Entre os alvos estão uma delegada, três policiais militares e seis agentes penitenciários, além de milicianos. Os policiais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital.
Segundo a investigação, os agentes públicos repassavam informações privilegiadas aos membros da organização criminosa, como posicionamento de viaturas e dados de investigações em andamento. "Com evidente prática de corrupção e pagamentos entre milicianos e serventuários do sistema prisional", informou o MP. A investigação é conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em parceria com Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco/IE).
Os agentes sob suspeita também estariam atuando na milícia da região de Campo Grande e Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a investigação, eles tinham trânsito com Luiz Antônio da Silva Braga, o "Zinho", irmão e sucessor de Wellington da Silva Braga, o "Ecko", morto em confronto com a Polícia Civil em junho do ano passado.
<b>Veja os alvos da operação:</b>
– Francisco Anderson da Silva Costa, conhecido como Garça ou PQD , apontado como um dos chefes do grupo crimino;
– Luiz Bastos de Olive Ira Junior, o pqdzinho ;
– Leonardo Corrêa de Oliveira, o Sgt. Oliveira , policial militar;
– Matheus Henrique Dias de França, o Franc , policial militar;
– Pedro Augusto Nunes Barbosa, o Nun , policial militar;
– Alcimar Badaró Jacques, o Badá , policial penal;
– André Guedes Benício Batalha, o Gue , policial penal;
– Carlos Eduardo Feitosa de Souza, o Feitosa ou Feio , policial penal;
– Edson da Silva Souza, o Amigo S , policial penal;
– Ismael de Farias Santos, policial penal;
– Wesley José dos Santos, o SEAP , policial penal.