O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse nesta quinta-feira, 26 que existe um "protecionismo comercial climático" no mundo, sustentado por países europeus, mas que a resistência mundial aos produtos brasileiros começa a perder força pela necessidade de energia limpa.
"O que acontece nesse protecionismo comercial é que ele começa a perder resistência, porque a locomotiva europeia, alemã, precisa de energia limpa. E o Brasil será o grande fornecedor dessa energia limpa para esses países", disse o ministro. "Dessa forma, nós mudamos o comércio internacional."
De acordo com o ministro, a resistência às exportações de comida brasileira também tem sido minada pela inflação de commodities agrícolas deflagrada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. "Países industriais vão fazer pressão para que o Brasil esteja dentro de um acordo Mercosul-União Europeia, porque vamos ser a segurança jurídica deles."
Depois de afirmar, mais cedo, que o governo federal foi protagonista da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 2021 (COP26), o ministro disse que o País será, em um futuro próximo, parceiro de várias economias, especialmente as europeias.
<b>Sustentabilidade</b>
Segundo Leite, o clima e a sustentabilidade serão em breve a "nova ciência da computação", e o Brasil saiu na frente de outros países do mundo ao criar o mercado de carbono. "O que eu preciso é de credibilidade, e a estrutura que desenhamos já irá dar essa credibilidade a todos esses projetos", afirmou.
Leite concedeu entrevista à jornalista do <i>Broadcast</i> Célia Froufe na manhã de hoje, em painel da 16ª edição do <i>Prêmio Broadcast Projeções</i> e da 26ª edição do <i>Prêmio Broadcast Analistas,</i> organizados pela <i>Agência Estado</i>.