Detentas da penitenciária Talavera Bruce, em Bangu (zona oeste do Rio), vão confeccionar cerca de 30 mil máscaras de proteção na luta contra a covid-19, segundo informou neste sábado o governo do Rio. As máscaras serão destinadas aos agentes da área de segurança do Estado. O governo pretende ampliar a produção para atender outros profissionais, como os da rede pública de saúde.
Pelo trabalho, as detentas – que atuam no setor de costura – terão redução da pena, conforme prevê a lei: a cada três dias de trabalho, um dia é descontado da pena. A ação resulta da parceria entre as secretarias estaduais de Trabalho e Renda e de Administração Penitenciária com a Fundação Santa Cabrini, que atua na gestão da mão de obra prisional.
Segundo a diretora da penitenciária, Silvana Silvino, ainda não é possível calcular o tempo necessário para a confecção da quantidade de máscaras, tendo em vista que o tecido necessário nunca foi utilizado nas peças produzidas por elas rotineiramente. Durante o próximo fim de semana, cerca de 20 detentas vão trabalhar exclusivamente na feitura das máscaras.
Novas ações estão sendo estudadas para ampliar o número de presas nesse trabalho, além de planos para aquisição do material necessário. "Precisamos pensar em soluções alternativas para conter os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus", afirmou o governador Wilson Witzel (PSC).