Em entrevista coletiva neste sábado, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que a paralisação deve ser analisada em cada cidade e Estado do País, inclusive com a possibilidade de lockdown. A única medida que ele descartou foi o fechamento total do território brasileiro. Na visão dele, esse último caso não seria positivo.
O ministro evitou se comprometer ao modelo de isolamento horizontal, defendido pelas entidades da área da saúde, ou vertical, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro nesta semana. "Não existe quarentena vertical, não existe quarentena horizontal, não existe nada disso. Existe a necessidade de arbitrar num determinado tempo qual grau de retenção que uma sociedade precisa fazer", afirmou, referindo-se ao combate à pandemia.
Mandetta fez um apelo para que governadores e prefeitos não tomem atitudes intempestivas e defendeu que precisa haver coordenação e ação nacional. "Agora é preciso coordenar a ação nacional. Precisa sentar e organizar. Aqueles que pensarem localmente e não tiverem cabeça e visão para ver o mundo, terão dificuldades", disse.
O ministro afirmou ainda que a partir da próxima semana o sistema de saúde contará com testes rápidos e com o uso da telemedicina, para que o atendimento seja feito na casa do paciente. Mandetta informou que ficará a frente da pasta, que coordena as medidas para combate do novo coronavírus no País até que Bolsonaro permita. Ele já havia dito isso depois de o presidente comentar que a quarentena precisava ser revista.