As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 17, enquanto investidores monitoram a crescente divergência entre as políticas monetárias dos EUA e do Japão. O BoJ, como é conhecido o banco central japonês, deixou sua política ultra-acomodatícia inalterada nesta sexta, dois dias após o norte-americano Federal Reserve (Fed) elevar seu juro básico em 75 pontos-base, no maior ajuste do tipo desde 1994.
Após a decisão do BoJ, seu presidente, Haruhiko Kuroda, disse que apertar as condições monetárias seria inapropriado no momento, mas também destacou que a rápida desvalorização do iene, que opera perto dos menores níveis ante o dólar desde 1998, é negativa para a economia japonesa.
O índice acionário japonês Nikkei encerrou o pregão de hoje em Tóquio em forte baixa de 1,77%, a 25.963,00 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,43% em Seul, a 2.440,93 pontos, e o Taiex caiu 1,25% em Taiwan, a 15.641,26 pontos.
O mau humor em parte da Ásia veio após as bolsas de Nova York caírem ontem aos menores patamares em ao menos um ano e meio, diante de preocupações de que a postura agressiva do BC americano tenha efeitos recessivos.
Na China, porém, o dia foi de ganhos à medida que novos casos de covid-19 em Xangai e em âmbito nacional estão sob controle, permitindo uma retomada mais veloz das atividades e produção. O Xangai Composto subiu 0,96%, a 3.316,79 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,16%, a 2.131,22 pontos.
Já em Hong Kong, o Hang Seng se recuperou no fim da sessão, fechando em alta de 1,10%, a 21.075,00 pontos, com a ajuda de ações de tecnologia e de seguros.
<b>Oceania</b>
Na Oceania, o temor de recessão que pairou em Wall Street pesou também na bolsa australiana, e o S&P/ASX 200 caiu 1,77% em Sydney, a 6.474,80 pontos.
<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>