As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta sexta-feira, 1, acompanhando o mau humor de Wall Street, que acumulou robustas perdas no primeiro semestre do ano em meio a crescentes temores de que os EUA entrem em recessão, e na esteira de uma pesquisa desfavorável sobre a confiança do setor empresarial do Japão.
O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,73% em Tóquio hoje, a 25.935,62 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,17% em Seul, a 2.305,42 pontos, e o Taiex registrou expressiva queda 3,26% em Taiwan, a 14.343,08 pontos, pressionado por ações de tecnologia.
Na China continental, as baixas foram mais modestas: o Xangai Composto caiu 0,32%, a 3.387,64 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,21%, a 2.219,41 pontos. Os EUA adicionaram cinco empresas chinesas a uma "lista negra" de exportações por supostamente ajudarem militares da Rússia na invasão da Ucrânia. Em Hong Kong, não houve negócios nesta sexta devido a um feriado.
Na quinta-feira, 30, as bolsas de Nova York encerraram a primeira metade de 2022 com perdas acentuadas, diante da preocupação de que a agressiva postura do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) no aumento de juros, para combater o salto da inflação doméstica, acabe levando os EUA a uma recessão. Apenas o índice S&P 500 teve seu pior semestre desde 1970.
Do Japão, veio outra má notícia. O principal índice de sentimento de grandes fabricantes de lá se deteriorou pelo segundo trimestre consecutivo, segundo o relatório "Tankan", elaborado pelo BoJ, o banco central japonês.
Por outro lado, o PMI industrial chinês medido pela S&P Global/Caixin Media avançou para 51,7 em junho, mostrando a primeira melhora na saúde do setor manufatureiro em quatro meses, à medida que Pequim segue removendo bloqueios motivados pela covid-19.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom negativo da Ásia e de Wall Street nesta sexta, e o S&P/ASX 200 caiu 0,43% em Sydney, a 6.539,90 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.