A Gerdau e a Embratel anunciaram nesta sexta-feira, 1º de julho, acordo para implementar uma rede privativa dedicada 5G e LTE 4G na planta industrial de Ouro Branco (MG), criando um <i>backbone</i> (rede de transporte) de TI para a evolução da digitalização da siderúrgica.
O projeto desenvolvido pela Embratel incluirá a instalação de diversas torres no local para ampliar a abrangência da conectividade e as possibilidades de automação, com cobertura em mais de 8.300.000 m2 da produtora de aço.
Segundo as empresas, este é o primeiro projeto de uso da quinta geração da internet móvel no setor do aço na América Latina. "Com o objetivo de criar uma infraestrutura digital, a iniciativa possibilitará a ampliação do uso dos conceitos de Indústria 4.0 para alavancar a automatização, produtividade, flexibilidade, visibilidade, rastreabilidade, uso de dados e segurança nos processos, incluindo planejamento, produção e logística.
"Nos últimos anos, construímos nossas fundações para sermos cada vez mais digital. O digital deixou de ser algo isolado para ser parte do negócio, por meio da identificação de iniciativas transformacionais, nas quais alocamos recursos, tecnologias e temos projetos robustos, que estão impactando positivamente nosso negócio. Agora, precisamos ampliar ainda mais as nossas capacidades digitais para viabilizarmos uma cadeia de produção totalmente conectada, aumentando eficiência e produtividade da usina", afirma Gustavo França, diretor global de tecnologia e digital da Gerdau.
"Em um cenário cada vez mais competitivo no setor, que exige uma busca contínua por mais excelência operacional, a transformação digital se torna crucial, para evolução em produtividade, segurança das pessoas e gestão sistêmica da nossa operação", completa Rafael Gambôa, diretor da Usina de Ouro Branco.
Dividido em três fases, o projeto será iniciado com a instalação de uma rede privativa LTE 4G com capacidade total de 256 Mbps. Já nessa etapa, a área coberta será maior do que a atual, possibilitando o aumento da abrangência das iniciativas da Indústria 4.0 já adotadas na unidade.
Na segunda fase, será somado o 5G da Claro, na frequência 3.5 GHz, à rede LTE 4G. "Com o 5G e o LTE 4G, a planta passará a ter uma capacidade muito maior, totalizando 3,8 Gbps. A ultrabaixa latência fornecerá mais resiliência, disponibilidade e segurança para o local, pois aplicações críticas não terão infraestrutura compartilhada com a rede pública", informam as empresas.
A terceira fase envolverá o adensamento da rede privativa LTE 4G e 5G para fornecer ainda mais capacidade combinada, chegando a 4,8 Gbps, e ampliar a cobertura para toda a extensão operacional da unidade.