Estadão

Johnson diz que seguirá no cargo, mas admite renúncia se governo ficar inviável

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, assegurou a parlamentares britânicos que pretende seguir no cargo, mesmo após a debandada de integrantes de seu governo em meio a uma série de escândalos de ética. "Vamos seguir em frente, entregar nosso mandato e vencer outra eleição geral", garantiu nesta quarta-feira, 6, em sessão de perguntas e respostas no Parlamento.

Questionado sobre quais circunstâncias o fariam deixar a posição, o premiê respondeu que renunciaria se julgasse ser impossível implementar as políticas que defende, entre elas a defesa da Ucrânia contra a ofensiva militar russa. No entanto, Johnson ressaltou que dispõe de apoio de uma "maioria colossal" do eleitorado e que pretende seguir no posto.

Johnson também afirmou que a população britânica enfrenta um período de incertezas econômicas e espera que o governo mantenha seu trabalho. Ele citou os planos de cortar impostos, que, segundo o primeiro-ministro, colocarão 1,2 mil libras no bolso de 8 milhões das famílias mais vulneráveis.

A crise política no governo britânico se intensificou nesta terça-feira, quando os ministros de Finanças, Rishi Sunak, e da Saúde, Sajid Javid renunciaram. A gota d água para os dois foi a resposta a denúncias de assédio sexual contra o parlamentar Chris Pincher, inicialmente defendido por Johnson. Antes, o premiê havia sido acusado de negligência por ter participado de festas durante o auge da pandemia. Nesta quarta ocorreram novas renúncias.

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