O dólar opera em alta moderada na manhã desta sexta-feira, 8, que perdeu força com a inversão do índice DXY do dólar ante seis divisas principais para baixo em meio expectativas pela divulgação do relatório de empregos (payroll) americano em junho (9h30). Os ajustes no câmbio levam em conta ainda o recuo dos retornos dos Treasuries e do petróleo, enquanto os índices futuros em Wall Street estão mistos, predominando quedas leves.
Como o esperado, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em junho com alta de 0,67%, ante um avanço de 0,47% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o mais alto para o mês desde 2018 (1,26%).
O resultado ficou abaixo da mediana (0,71%) das estimativas dos analistas ouvidos pelo <i>Projeções Broadcast</i>, que previam uma alta entre 0,51% e 0,88%. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 5,49%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 11,89%, mais próximo do piso das projeções dos analistas, que iam de 11,71% a 12,16%, com mediana de 11,93%.
Mais cedo, na divulgação de resultados atrasados da pesquisa Focus pelo Banco Central, a mediana para o IPCA de 2022 perdeu fôlego na última semana, enquanto as estimativas para 2023, foco atual da política monetária, seguiram avançando e já estão acima do teto também para o próximo ano. A projeção para 2022 passou de 8,27% para 7,96%, já a de 2023 subiu de 4,91% para 5,01%. Há um mês, as estimativas eram de 8,89% e 4,39%, respectivamente. A projeção para a Selic no fim deste ano ficou estável em 13,75%, mas a de 2023 subiu de 10,25% para 10,5%.
Do lado fiscal, a votação da PEC dos Combustíveis no plenário da Câmara, esperada para ontem, ficou para terça-feira da semana que vem, por receio do Palácio do Planalto de que a oposição derrubasse o estado de calamidade incluído na proposta para livrar o presidente Jair Bolsonaro de eventual punição pela lei eleitoral.
Às 9h22, o dólar à vista subia 0,04%, a R$ 5,3471. O dólar para agosto ganhava 0,08%, a R$ 5,380.