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Mundo Pixar coloca visitante nos cenários das animações

É bem possível que você já tenha soltado uma gargalhada ou derrubado uma lágrima com uma das produções da Pixar. E conheça em detalhes o quarto de Andy de Toy Story, ou a fábrica de processamento de gritos de Monstros S.A.. A exposição Mundo Pixar, que abre nesta quarta-feira, 20, em uma tenda no estacionamento do Shopping Eldorado, em São Paulo, quer fazer com que o visitante se sinta um dos brinquedos de Andy ou o ratinho Rémy de Ratatouille, que viaje na casa de Carl de Up – Altas Aventuras e pise em um posto de gasolina de Radiator Springs, a cidade perdida no deserto de Carros.

É fã das produções mais recentes? Sem problemas. Dá para entrar na cabeça de Riley, de Divertida Mente, e ir a Nova York para frequentar a mesma barbearia que Joe, de Soul. Ao todo, são 2.800 m²s de área, o que torna Mundo Pixar o maior evento da Pixar no planeta. São dez segmentos dedicados a filmes do estúdio, além de um túnel de entrada, uma introdução na forma de um cinema 270.º e uma loja com produtos clássicos e exclusivos, que pode ser frequentada por quem não tiver ingressos.

"É um projeto criado e produzido no Brasil, com a supervisão da Pixar para garantir fidelidade e qualidade", disse Claudia Neufeld, head de Marketing da Disney Brasil, em entrevista ao Estadão. "Eles olham tudo nos mínimos detalhes: o fio de cabelo, a textura da blusa, para ser o mais fiel possível aos filmes."

<b>Fora da tela</b>

A ideia surgiu antes da pandemia, mas, por ser um evento presencial, foi adiada. "A gente queria tirar as pessoas das telas um pouco", disse José Franco, head de Live Entertainment, Special Events & Out-Of-Home. Claudia completou: "A gente poder oferecer uma experiência Pixar 3D real, que tira as pessoas de casa, é muito importante". Para Giselle Ghinsberg, head de DASP/AdSales, a intenção era dar acesso ao público brasileiro. "Sabemos como são ricas as experiências que conseguimos construir no exterior, com todo o universo e ecossistema da Disney. Como a gente traz para cá e cria aquela memória afetiva real?"

<b>Desafios</b>

Os desafios foram vários. O primeiro foi transformar em 3D a experiência 2D dos longas-metragens. "No quarto de Andy, você vai se sentir um brinquedo gigante e é em volume. Não é só um paredão com uma imagem", disse Neufeld. A cama é tão grande que um adulto de altura mediana não chega ao nível do colchão.

O segundo era escolher que parte de cada uma das dez animações seria a ideal para colocar o visitante no filme. "Precisávamos contar a história por um frame", disse Wagner Zaratin, sócio-diretor da agência SolutiOnOff, responsável pela realização. "Como vou te levar para essa história? Tem de ter uma riqueza de detalhes." A equipe assistiu várias vezes às produções para criar a exposição. "Pausei filmes para ver se tinha ideias", disse José Franco.

Cada etapa da criação foi acompanhada pelo estúdio, que recebia impressões gigantes para ter ideia de cada detalhe. "Por exemplo, um dos tapetes desenhados não é um tapete que existe", disse Zaratin. Ele teve de ser produzido. "A marca tem muitos fãs", disse José Franco. "Não pode ser muito diferente do que os fãs assistiram, porque os filmes marcaram a vida das pessoas."

E, claro, tudo tem de ser instagramável. Há os espaços mais óbvios, como a caixa de Buzz Lightyear, de Toy Story, ou o fundo do mar de Procurando Nemo. Mas certamente há quem vá se encantar com detalhes, como a jarra de moedas da viagem à América do Sul do casal de Up e os quadrinhos nas paredes de Soul.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>

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