A Prefeitura de Guarulhos promoveu nesta quinta-feira (21), em parceria com o Rotary Club, uma ação de testagem para hepatites B e C na UBS Soberana. A iniciativa compõe a programação do Julho Amarelo, mês de combate às hepatites virais, e a ideia é ampliar o número de testes realizados na cidade para garantir um diagnóstico precoce e tratamento em tempo oportuno. Foram feitos 206 testes, metade para cada tipo de hepatite citada.
A doença é uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. “Esse é um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Por isso, precisamos sempre lembrar que a transmissão dessas doenças é mais fácil do que imaginamos. Para a hepatite B, a principal medida de prevenção é a vacina. Já para prevenir a hepatite C é fundamental seguir os cuidados à risca”, alertou a diretora de Vigilância em Saúde, Valeska Aubin Zanetti Mion.
A vacina contra a hepatite B faz parte do calendário vacinal e está disponível em todas as salas de vacinação da rede municipal de saúde. Ao todo são três doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda e de 180 dias da primeira para a terceira dose.
De acordo com a chefe do Programa IST/Aids/Hepatites, Fernanda da Matta, a hepatite pode estar relacionada a diversas causas. O compartilhamento de alicates e cortadores de unhas, lâminas de barbear e depilar, escovas de dentes e outros objetos de higiene pessoal podem ser os grandes vilões da propagação dessas doenças.
“A contaminação pode se dar por meio de agentes infecciosos. É fundamental usar preservativo em todas as relações sexuais e não dividir materiais perfuro-cortantes, como itens para tatuagens e inserção de piercings, instrumentos odontológicos, de acupuntura, manicure, pedicure, podologia, micropigmentação e demais procedimentos estéticos”, explicou Fernanda.
A hepatite é uma doença silenciosa, com sintomas inespecíficos. Por essa razão, grande parte das pessoas desconhece ter a infecção. Em geral os sintomas são leves, assim, o contaminado às vezes pode nem perceber. “Se as doenças não forem identificadas em testagens aleatórias como hoje, o indivíduo só vai notar quando estiver num nível mais avançado da infecção, com sinais de cirrose e fibrose hepática”, completou Fernanda.