No dia em que seu partido aprovou, em convenção nacional, a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), participou de ato político do PP em apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar de ter nome próprio ao Palácio do Planalto, o MDB liberou seus diretórios estaduais para endossar outros candidatos.
No último dia 19, Ibaneis confirmou um acordo selado no gabinete de Bolsonaro para unificar os palanques bolsonaristas locais. O emedebista concorrerá à reeleição com a ex-ministra Flávia Arruda (PL) como candidata ao Senado, o que resgata acordo firmado em 2021. O ex-governador José Roberto Arruda (PL), que ensaiou candidatura ao Executivo, tentará uma vaga na Câmara dos Deputados. Sem espaço, a ex-ministra Damares Alves (Republicanos), até então pré-candidata a senadora, teve de recuar.
Como mostrou hoje o <b>Broadcast Político</b>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o Republicanos decidiu enfrentar o acordo costurado por Bolsonaro e ensaia lançar Damares candidata ao Senado em chapa avulsa. A insistência da legenda na candidatura da ex-ministra já foi comunicada ao Palácio do Planalto através do senador Flávio Bolsonaro (PL-DF), filho "Zero Um" do presidente e coordenador da campanha à reeleição.
Hoje, depois de enfrentar resistência interna no MDB, Tebet recebeu o aval do partido para disputar a Presidência da República. Apoiada pela federação formada entre PSDB e Cidadania, a parlamentar tenta se colocar como alternativa a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto. Foram 262 votos a favor e 9 contra. A convenção, realizada de forma virtual, foi boicotada pelos diretórios de Alagoas, Estado do senador Renan Calheiros, e da Paraíba.