Estadão

Bolsas da Europa fecham a maioria em alta, de olho em PIB e juros maiores nos EUA

As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, 28, no dia seguinte à subida dos juros nos Estados Unidos, de 0,75 ponto porcentual, e repercutindo a contração do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que moderou as expectativas pelo aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Há também preocupações generalizadas sobre recessão na zona do euro.

Um relatório divulgado nesta quinta pela consultoria Capital Economics informa que a queda maior do que o esperado no índice de sentimento econômico da Comissão Europeia em julho se soma a uma lista crescente de indicadores fracos, e traz o risco de uma recessão no continente.

Recessão também que é discutida nos Estados Unidos, e que consequentemente afeta os mercados globais, com a informação de que o PIB dos EUA mostrou contração de 0,9% no segundo trimestre um dia após o Fed, banco central americano, elevar novamente a taxa básica de juros no país.

Para o presidente americano Joe Biden, "não é surpresa que a economia esteja desacelerando à medida que o Fed age para reduzir a inflação", ressaltou, em comunicado.

Ainda que preocupe do ponto de vista econômico, o fraco desempenho da atividade nos EUA fez com que o mercado moderasse sua perspectiva de aumento de juros pelo Fed, dando fôlego às bolsas globais. Na manhã de hoje, o CME Group calculava cerca de 80% de chance de que o Fed opte por desacelerar o aumento dos juros em setembro, para alta de 50 pontos-base.

Em Londres, o índice FTSE 100 terminou em baixa de 0,04% aos 7.345,25 pontos. Balanços da Shell, que informou um ganho ajustado recorde, foi sentido no pregão com as ações fechando em alta de 0,31%. Já as da Anglo American subiram 2,50% após a mineradora superar expectativas de lucro e Ebitda. A maior cervejaria do mundo, a AB InBev teve queda no lucro e sua ação fechou em baixa de 4,09% em Bruxelas.

O índice Ibex 35, da Bolsa de Madri fechou em baixa de 0,49% aos 8.084,90 pontos. Destaque para a divulgação do balanço do Santander, que ampliou os ganhos, mas suas provisões para empréstimos inadimplentes deram um salto, levando a ação do banco espanhol a ceder 2,39%.

Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,88% para 13.282,11 pontos. Já em Paris, o CAC 40 terminou em alta de 1,30%, aos 6.339,21 pontos, na máxima diária, bem como o índice FTSE MIB de Milão, que subiu 2,10%, aos 21.932,06 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,72%, para 6.160,72 pontos.

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